quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Chumbo

É aceito a idéia de que o chumbo causa efeitos adversos sobre o sistema reprodutor feminino e masculino. No início do século XX foi relatado que mulheres que trabalhavam com chumbo estavam mais suscetíveis a abortos e partos de natimortos. O chumbo atravessa a barreira placentária e pode causar danos fetais. Uma vez que ele consegue ser transportado para o cordão umbilical e para o leite materno, mostrando que há transferência do metal para o feto ou recém-nascido, respectivamente.
O chumbo entra no organismo das mulheres grávidas pela inalação ou ingestão e pode se depositar nos ossos, de onde passa para o sangue e atravessa a barreira placentária atingindo o feto. Os bebês podem ter sua carga corpórea aumentada pela amamentação.
O sistema nervoso dos bebês é particularmente sensível aos efeitos tóxicos do chumbo. Está comprovado que o chumbo causa prejuízos irreparáveis ao desenvolvimento do feto e do bebê. Causam malformações estruturais no feto, baixo peso ou disfunções metabólicas e biológicas. São utilizadas análises sanguíneas para garantir que o feto está protegido de qualquer dano, especialmente nas semanas que antecedem a confirmação da gravidez e durante o aleitamento.
Existem fortes evidências de que o chumbo é inviável não apenas para o feto, como também para o desenvolvimento normal deste. As causas são baixo peso ao nascer, nascimento prematuro. Apesar de ser teratogênico em animais, não foi possível determinar a relação entre os níveis de chumbo e as malformações cogênitas em humanos, mas é considerado como carcinogênico.
O aumento de cálcio na dieta da gestante pode diminuir a acumulação de chumbo fetal, mas não consegue conter a redução de peso e altura.

Referência: MOREIRA, Fátima Ramos; MOREIRA, Josino Costa. Os efeitos do chumbo sobre o organismo humano e seu significado para a saúde. Rev. Panam Salud Publica. 2004; 15.

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