domingo, 29 de novembro de 2009

Cuide-se!

Gravidez e saúde bucal




A gravidez é uma das fases mais aguardadas na vida da maioria das mulheres, mas também é um período de mudanças complexas no corpo, na mente e nos hábitos da futura mamãe, exigindo cuidados dobrados

Muita gente não sabe, mas durante o período de gestação os cuidados com a higiene oral são fundamentais e a visita ao dentista se torna essencial para um bom desenvolvimento do bebê.
Problemas originados na boca podem ter conseqüências sérias. "Uma infecção que tem início na boca pode se espalhar para o resto do corpo e prejudicar o bebê. Além disso, estudos comprovam que as gestantes com algum problema na gengiva têm maior propensão a dar à luz a bebês prematuros e abaixo do peso normal”, revela Dr. Anderson Bernal, especialista em dentística e prevenção oral.
Segundo ele, as alterações nos hormônios, no organismo e até nos hábitos alimentares, deixam as grávidas mais propícias a problemas de cáries, ao aumento da placa bacteriana, principal causa da gengivite, entre outros. Os vômitos freqüentes durante os primeiros meses da gestação, também podem ser prejudiciais, pois desequilibram o meio bucal, podendo causar descalcificação na estrutura dental (perda de cálcio).
"Manter os dentes sempre limpos, principalmente na área em que a gengiva e os dentes se encontram reduz significativamente ou até evitam a gengivite durante a gravidez. Além disso, substituir os doces por alimentos integrais tais como queijo, verduras e frutas frescas podem ajudar a prevenir as cáries”, explica Dr. Anderson.
O dentista garante que o ideal para uma gravidez saudável é procurar um dentista antes de engravidar e resolver problemas bucais, uma vez que tratamentos dentários não são aconselháveis durante os três primeiros e três últimos meses de gestação, afinal, em muitos casos, a anestesia deve ser evitada.
"O atendimento durante a gravidez envolve procedimentos como aplicação de flúor (profilaxia), de acordo com as necessidades da futura mamãe, remoção de irritações locais que possam agredir a gengiva, e até o aconselhamento preventivo para a saúde bucal da mãe e do bebê” Finaliza Dr. Anderson Bernal.
O dentista aproveita para dar dicas para as futuras mamães manterem uma boa saúde bucal durante a gravidez:

- Evitar comer fora de hora;
- Evitar o consumo excessivo de doces. Se for impossível, procurar ingeri-los somente logo após as refeições;
- Escovar religiosamente os dentes e passar fio dental após as refeições e fazer bochechos com anti-séptico bucal sem álcool;
- Sempre escovar os dentes após enjôos e vômitos, evitando as cáries e complicações como pulpites (inflamações na polpa do dente);
- Visitar seu dentista regularmente durante a gravidez. Ele poderá orientá-la melhor quanto a algumas medidas preventivas como o uso de flúor.


Fonte: http://anjoseguerreiros.blogspot.com/2009/05/problemas-com-saude-bucal-na-gravidez.html

Alimentos que deverão ser evitados durante a gravidez

Evite bebidas alcoólicas durante a gravidez. O álcool está relacionado com partos prematuros, retardos mentais, defeitos de nascimento e baixo peso dos bebés.

● Limite o consumo de cafeína a menos de 300 mg por dia. Lembre-se: o chocolate contém cafeína – a quantidade de cafeína num chocolate é equivalente a 1/4 de café.

● O uso de sacarina (adoçante) é fortemente desencorajado durante a gravidez porque pode atravessar a placenta e instalar-se nos tecidos fetais.

● Diminua a quantidade total de gorduras que ingere para 30% ou menos das suas calorias diárias. Para uma dieta de 2000 calorias diárias, esta taxa é de 65 gramas, ou menos, de gordura por dia.

● Não coma espadarte, Luciano ou cavala, devido ao alto teor de mercÚrio que estes peixes contêm.

● Evite queijos suaves como feta, brie e camembert. Estes queijos podem causar infecção por Listeria. Não há a necessidade de evitar queijos processados, em creme, rijos ou iogurte.

● Evite peixe e mariscos cru, especialmente ostras ou amêijoas.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Conseqüências da ação de um teratógeno


Os teratógenos agem através de um número relativamente limitado de mecanismos patogênicos, produzindo morte celular, alterações no crescimento dos tecidos (hiperplasia, hipoplasia ou crescimento assincrônico), interferência na diferenciação celular ou em outros processos morfogenéticos. Estes mecanismos afetam eventos básicos do organismo em desenvolvimento e geralmente suas conseqüências atingirão mais de um tecido ou órgão.

Assim, as manifestações da ação de um agente teratogênico na espécie humana podem ser agrupados em classes principais: morte do concepto ou infertilidade; malformações; retardo de crescimento intra-uterino; e deficiências funcionais, incluindo-se aqui o retardo mental. Estes danos podem tanto ter uma causa genética como ambiental e, muitas vezes, uma combinação destas duas (etiologia multifatorial). Estima-se que cerca de 15% de todas as gestações reconhecidas terminem em aborto e que de 3% de todos os recém-nascidos vivos apresentem algum defeito congênito (Kalter & Warkany, 1983). Nas perdas gestacionais estima-se uma contribuição de causas cromossômicas em mais de 50% dos abortamentos espontâneos. Com relação aos defeitos congênitos causas genéticas parecem ser responsáveis por 15-20% destes, fatores ambientais são reconhecidamente responsáveis por 7%, 20% são de etiologia multifatorial mas em mais de 50% dos casos a causa permanece desconhecida (Kalter & Warkany, 1983).

A ação de um agente teratogênico sobre o embrião ou feto em desenvolvimento dependerá de diversos fatores destacando-se (Wilson, 1977):

  • Estágio de desenvolvimento do concepto:

A susceptibilidade a agentes teratogênicos varia segundo o estágio de desenvolvimento do concepto no momento da exposição. Se esta ocorre nas duas primeiras semanas após a concepção, produz-se um efeito de tudo-ou-nada, ou seja, pode haver letalidade do embrião ou nenhuma anomalia; o período de organogênese entre a 3a. e a 8a. semana é o mais crítico com relação às malformações; após isto, os efeitos se produzem principalmente em sistema nervoso central (que continua se diferenciando), como também sobre o crescimento fetal.

  • Relação entre dose e efeito:

As manifestações do desenvolvimento anormal aumentam à medida que se incrementa a dose do agente, variando desde nenhum efeito, passando pelos danos funcionais e malformações até a morte do concepto;

  • Genótipo materno-fetal:

A heterogeneidade genética, tanto da mãe como do feto, pode conferir maior susceptibilidade ou resistência à manifestação de um determinado agente. Os defeitos de fechamento de tubo neural (espinha bífida) são um bom exemplo de defeitos nos quais a susceptibilidade genética desempenha importante fator.

  • Mecanismo patogênico específico de cada agente :

Os agentes teratogênicos atuam por mecanismos específicos sobre as células e tecidos em desenvolvimento, por exemplo, alterando o crescimento de um tecido, interferindo com a diferenciação celular ou morfogênese fetal e provocando a morte celular.


Fonte: gravidez-segura.org/

Agentes teratogênicos

Agente teratogênico é tudo aquilo capaz de produzir danos ao embrião ou feto durante a gravidez. Esses danos podem ocasionar a perda da gestação, malformações e, ainda, disturbios neuro-comportamentais.

Malformação é um defeito num órgão ou em parte dele que que resulta num desenvolvimento anormal desse órgão. Malformação congênitas são defeitos estruturais presentes no momento do nascimento.

Estudiosos afirmam que 50% das malformações ainda possuem causas desconhecidas, 25% são causadas por defeitos cromossonais com bases genéticas e menos de 10% são causadas por agentes ambientais teratógenos, químicos ou físicos.

As malformações são estruturais, funcionias, metabólicas, comportamentais ou hereditárias.

Os agentes teratogênicos podem ser medicações, doenças maternas, radiações, substâncias químicas e outras drogas. Observa-se assim que não é somente as medicações que causam efeitos deletérios nos embriões. Contudo, suas ações são mais divulgadas.

As ações dos agentes teratogênicos sobre o embrião depende de alguns fatores, como o estágio do desenvolvimento, a relação entre a dose e o efeito, o genótipo materno-fetal e o mecanismo patogênico específico de cada agente.