domingo, 6 de dezembro de 2009

Varicela – risco à gestante e seu bebê


Com maior incidência na Primavera, a varicela apresenta risco à gestante e seu bebê.

Se contrair a popular catapora na gravidez, a mulher pode apresentar a forma grave da doença, além de complicações. As conseqüências para o bebê variam conforme o período em que a gestante foi infectada. A vacina é a melhor maneira de prevenir a doença em crianças, jovens e adultos. No Brasil, trabalhos científicos demonstram que 10% da população acima de 10 anos encontra-se vulnerável à varicela. Causada pelo vírus Varicela Zoster, esta doença infecciosa apresenta maior incidência na primavera. Altamente transmissível, atinge indiscriminadamente crianças, jovens e adultos, provocando lesões na pele e nas mucosas, coceira intensa, febre e dor. Os sintomas iniciais são semelhantes aos de uma virose: febre, coriza e tosse. Até que surgem pequenas manchas nas costas, peito e abdômen. As manchas se transformam em bolinhas vermelhas (pápulas), que se transformam em bolhinhas com líquido (vesículas) e, finalmente, crostas (casquinhas). Em crianças, esse processo progressivo gera de 250 a 500 lesões pelo corpo. Como não pode se imunizar durante a gestação, a futura mamãe precisa tomar a vacina até um mês antes de engravidar. Caso contrário, se contrair a varicela durante a gravidez, corre o risco de ter a forma grave da doença, que provoca de 500 a mil lesões no corpo – o dobro do tipo leve. Isto porque seu sistema imunológico está vulnerável. Pode ainda desenvolver um dos três tipos de complicação da varicela. Os mais comuns são as lesões na peles, seguidos de problemas no sistema nervoso e nas vias respiratórias. Se for ao primeiro trimestre da gravidez, a varicela pode provocar desde a má formação do feto (atingindo membros, órgãos e o cérebro) até a morte dele. Após o sexto mês, o bebê pode nascer com varicela inaparente e desenvolver herpes zoster na fase adulta ou na velhice. Esta doença causa lesões na pele, principalmente no tronco, e intensa dor. O maior problema ocorre quando a mulher apresenta os sintomas da varicela cinco dias antes do parto ou dois dias após o nascimento do bebê. Como não conseguiu desenvolver ainda anticorpos contra o vírus, ela adoece e passa o vírus em grande quantidade ao recém-nascido. No bebê, a doença é muito grave, porque seu sistema imunológico é imaturo.

Imunização A vacina contra varicela é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela SBIm embora ainda não integre o calendário oficial de imunização. Há 12 anos, os Estados Unidos introduziram a vacina no calendário básico para reduzir os quatro milhões de casos, 11 mil internações e cem mortes por ano registrados até então. Dos óbitos, a maior parte era de crianças saudáveis até 14 anos.
No Brasil, a varicela não é uma doença de notificação compulsória, exceto quando ocorrem surtos em creches, pré-escolas, escolas e na comunidade que são notificados ao Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (Sinan). No ano passado, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo registrou 3.408 surtos, com 18.554 casos, dos quais 56,7% em crianças de um a quatro anos e 31% na faixa de cinco a nove anos.
Como é produzida com vírus vivos atenuados (enfraquecidos), a vacina deve ser aplicada em crianças maiores de 12 meses, a exemplo do procedimento adotado com a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola). Isto porque até um ano de idade, o bebê carrega os anticorpos da mãe, que podem neutralizar o efeito da vacina. A proteção da vacina também é mais longa quando aplicada após um ano de idade. A imunização só deve ser feita antes desta idade, se houver contato do bebê com uma pessoa doente. A vacina evita a varicela quando aplicada até 72 horas após a exposição ao vírus, não só em bebê, mas também em pessoas todas as faixas etárias.

Referência: http://www.revistavigor.com.br/2007/09/26/varicela-risco-a-gestante-e-seu-bebe/

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